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Inovação

"A inclusão digital vai revolucionar as pequenas propriedades"

Postado em: 27/08/2020

Projeto pretende incluir 5 mil produtores nas ferramentas de gestão do campo

A aposta é do CEO da ConnectFarm, Rodrigo Dias. A startup gaúcha busca integrar tecnologia com os fatores de produção e planeja atender 5 mil agricultores familiares com ferramenta que aprimora a gestão das propriedades. O projeto chamado de 5K iniciará no Rio Grande do Sul e deve, em breve, ser replicado no país. 

O objetivo é que em uma única ferramenta o produtor tenha informações de vários aplicativos para auxiliar na tomada de decisões mais complexas e que resultem no incremento de produtividade e renda. Além disso essa inclusão digital deve ter custo acessível. Entre as recomendações estarão como escolher a melhor semente, como fazer o plantio e usar menos defensivos. “A inclusão digital vai revolucionar as pequenas propriedades. Esse projeto trará um grande impacto social e ambiental. Com mais gestão, há incremento na renda e otimização de todos os recursos”, destaca Dias.

O projeto-piloto começa pela região Noroeste do Rio Grande do Sul, em áreas de até 80 hectares, alcançando cerca de mil agricultores familiares na primeira etapa. A região, com 166 municípios, é reconhecida pela produção de grãos, com destaque para o milho e a soja. A estimativa é que com a utilização do recurso, o agricultor familiar tenha inicialmente um incremento de produtividade pelo menos 4 sacas de soja/ hectare. A média da oleaginosa neste segmento fica entre 11 e 13 sacas/ha. Para aderir ao programa, será preciso apresentar o Documento de Aptidão do Pronaf (DAP).  

A conectividade e inclusão digital no campo é um dos principais desafios atualmente. Pesquisa realizada pela Embrapa, em parceria com Sebrae e Inpe, aponta que fatores como valor de investimentos com máquinas, implementos ou aplicativos (67,1%), problemas ou falta de conexão à internet (47,8%), recursos para a contratação de serviços especializados (44% e) e falta de conhecimento sobre as ferramentas mais apropriadas (40,9%) dificultam a modernização rural. “Quem desconhece essas tecnologias vai poder fazer o melhor trabalho possível. Não é só entregar mais, mas ter uma entrega sustentável”, completa o executivo.