Aceleradora do Vale do Silício abre base no Brasil à procura de “unicórnio do agronegócio”
Aceleradora do Vale do Silício abre base no Brasil à procura de “unicórnio do agronegócio”
ma das maiores aceleradoras de startups do mundo, a Plug and Play terá um escritório em São Paulo a partir de setembro deste ano. A informação foi confirmada pela empresa durante o road show promovido hoje na cidade, em que várias startups de alimentos, agronegócio e finanças de seu portfolio foram apresentadas a executivos de grandes empresas interessados em inovações.
Até o momento, a Plug and Play atuava no país por meio de uma parceria com a Oxigênio, aceleradora da seguradora Porto Seguro. Mesmo sem uma estrutura fixa por aqui, a empresa sediada em Sunnyvale, no Vale do Silício, tem 40 startups brasileiras em seu portfólio, já tendo aportado US$ 1 milhão nelas. O foco são startups em estágio inicial.
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Agora, no entanto, a aceleradora se instalará de vez, em operação que será liderada por Luís Dearo, executivo recém-contratado da UBS, que tem passagens pelo Banco Santander e pela Escola de Negócios IESE. Ele e um time de mais quatro pessoas passarão por um treinamento no Vale do Silício nos próximos meses, para incorporar a cultura da empresa.
A sede de São Paulo marca o início de uma expansão internacional da companhia, que também abre neste ano uma base em Milão, na Itália. Em 2020, será a vez de Japão, Indonésia e França receberem novas operações da aceleradora.
“Estamos muito empolgados com o Brasil e com os talentos que identificamos aqui. Estivemos trabalhando nesse projeto pelos últimos cinco meses, e foi ótimo ver que há uma massa crítica de startups interessantes aqui,” comentou Omer Gozden, vice-presidente da Plug and Play.
Já em sua chegada, a Plug and Play iniciará dois programas de captação de startups para um “match” tecnológico com grandes companhias. Um deles será voltado para foodtechs e agritechs, e o outro para fintechs.
Segundo Gozden, a vastidão do agronegócio brasileiro e a crescente oferta de tecnologia no setor tornam possível encontrar aqui novos unicórnios que atuem na área.
“Com o tamanho do país, o tamanho da agricultura e volume de exportação, acho que conseguiremos encontrar o próximo ‘unicórnio da agricultura’. Se não encontrarmos aqui, acho que não encontraríamos em praticamente nenhum outro lugar”, afirmou Gozden a Época NEGÓCIOSdurante o evento.
Essas startups serão selecionadas com base em necessidades apresentadas por grandes companhias parceiras da aceleradora – três a cinco de cada área, que ainda não foram decididas. É provável que esses parceiros venham de setores como bens de consumo, agronegócio, finanças e seguros. Pelo caráter do desafio, serão procuradas startups que já se encontrem em fase mais avançada e tenham condições de escalar o negócio.
Até setembro, um site oficial do programa será criado com mais detalhes sobre o funcionamento.