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Brasil e Índia vão cooperar para a inovação no Agro

Postado em: 03/02/2020

Parceria entre Embrapa e a indiana Icrisat aproxima pesquisadores brasileiros a um dos maiores e mais disruptivos ecossistemas do mundo

Brasil e Índia terão uma parceria para pesquisa com foco em diversas áreas de conhecimento no agronegócio. O acordo foi assinado entre a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e um dos maiores institutos da Índia, o International Crops Research Institute for the Semi-arid Tropics (Icrisat).

As duas instituições estabelecerão cooperação em ciência e tecnologia por meio da realização de projetos conjuntos nas áreas de agricultura e de recursos naturais, com o objetivo de ampliar a base de conhecimento dos dois países.

“O Memorando de Entendimento vai possibilitar que sejam desenvolvidos projetos específicos em áreas portadoras de futuro da ciência e em temas e cadeias produtivas de comum interesse para o agronegócio do Brasil e da Índia”, explica Celso Moretti, presidente da Embrapa.

Entre os temas, comentou Moretti, estão mudanças climáticas, biotecnologia, nanotecnologia, geotecnologia, automação, agricultura de precisão, agricultura digital, segurança zoofitossanitária e química verde. A parceria terá duração de cinco anos e pode ser renovada mediante termos aditivos.

Moretti esclarece que a cooperação será implementada com a execução de projetos de cooperação técnica específicos, aprovados pelas partes, que definirão objetivos, recursos humanos, materiais e financeiros a serem aportados tanto pela Embrapa quanto pelo Icrisat, direitos de propriedade intelectual e responsáveis pelas atividades a serem desenvolvidas.

O primeiro projeto de cooperação já está sendo elaborado e terá como foco Manejo e Qualidade dos Bancos Genéticos. Além de Celso Moretti, assinará o memorando o diretor geral do Icrisat, Peter Carberry.

China da inovação?

A Índia é o segundo país mais populoso do mundo com 1,3 bilhão de e, em poucos anos, vai superar o vizinho asiático. Mas o número de habitantes é só um fator.

Os indianos já rivalizam com os chineses em investimentos externos, crescimento do PIB e, principalmente, no quesito inovação, no qual são reconhecidos como “disruptivos”.

De acordo com um relatório da NASSCOM, o país é o terceiro maior ecossistema de inovação do mundo, com mais de 100 aceleradoras, 200 anjos ativos, 150 VCs e mais de 4.200 startups operando na região. O país está na vanguarda da inovação, tecnologia e empreendedorismo.