Canais digitais atropelam os ATMs e bancos admitem que é hora de repensar o canal
Os bancos admitem que está na hora de repensar a utilização dos ATMs, que estão perdendo vez de forma inexorável para os canais digitais. A pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2021 (ano-base 2020), divulgada nesta quinta-feira, 24/06, no CIAB FEBRABAN 2021, mostra que houve uma queda em todas as ações feitas no equipamento, inclusive, nos saques de dinheiro ao longo 2020. Os ATMs foram o canal bancário mais atingido pela Covid-19 e pelo isolamento social, sinaliza a Federação Nacional de bancos.
As reduções em TEDs (transferências bancárias entre contas) por exemplo, ficaram em 16%. Já o pagamento de contas nos ATMs caiu 20% e o saque de dinheiro registrou uma queda de 18%. “É claro que a pandemia teve um papel central nesse desempenho de 2020, mas é hora de repensar o canal por conta da preferência dada pelos clientes para os digitais até por conta do grande parque fabril disponível”, contou o diretor setorial de TI da Febraban, Rodrigo Mulinari.
Em números de transações, a queda dos ATMs acontece desde 2018 como mostra o estudo da Febraban. Em 2018, foram 215 milhões de transações. Em 2019, elas caíram para 183,6 milhões e em 2020, ficaram em 154,8 milhões. Isso significa que em dois anos, a queda foi de 30%.
Para se ter uma ideia, a quantidade de transferências bancárias nos canais digitais em 2020 foi 14 vezes maior que a quantidade dos canais físicos. Do ponto de vista de transações financeiras, os ATMs, em 2020, responderam com 48% e as não financeiras (extrato, saldo, etc) com 52%. Em 2019, as transações financeiras foram 59% e as não financeiras, 41%.