Nova Zelândia terá frota de robôs para colheita de maças
Além de automatizar todo o processo, a tecnologia pode resolver outro problema: a falta de mão de obra para esse trabalho
A startup Abundant Robotics surgiu cerca de três anos atrás, na incubadora SRI Ventures. A empresa se lançou no mercado com o propósito de desenvolver robôs capazes de assumir a colheita de maçãs, tarefa que sofreu poucas modificações nos últimos 200 anos. Agora, após captar cerca de US$ 12 milhões (incluindo US$ 10 milhões em uma rodada série A liderada pela GV, antiga Google Ventures), a empresa anunciou a primeira aplicação comercial de seu maquinário: os robôs serão usados pela T&G Global, localizada na Nova Zelândia. Além de automatizar todo o processo, a empresa neozelandesa espera resolver outro problema: a falta de mão de obra disponível na época da colheita.
As primeiras conversas aconteceram há cerca de dois anos, quanto a Abundant tinha apenas protótipos para mostrar. Desde então, foi necessário trabalhar sobre uma série de problemas, melhorando a capacidade dos robôs de identificar quais frutas estão prontas para serem colhidas e como fazer isso sem danificar o pomar.
Todo o processo é feito por meio de sensores que escaneiam as maçãs e identificam quais estão prontas. Até as árvores precisaram ser replantadas para que as máquinas possam se locomover sem causar estragos. Uma parte do pomar foi reservada aos robôs para que a tecnologia seja testada comercialmente.
Uma colheita totalmente feita por robôs ainda está distante, mas o objetivo da Abundant Robotics é revolucionar o processo. “As pessoas deixarão de fazer o trabalho pesado de colher tudo com as mãos e carregar sacolas cheias de frutas e passarão a gerenciar frotas de máquinas”, disse Dan Steere, CEO da startup, ao site Stuff.