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Pix está substituindo TED e até transações em dinheiro, diz Itaú

Postado em: 18/06/2021
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Número de transações Pix supera TED e DOC entre clientes PJ do Itaú; executivo menciona dois diferenciais para open banking

 

O Pix já passou de R$ 500 bilhões movimentados desde seu lançamento e já superou o TED e DOC em número de transações, segundo dados do Banco Central. Ele está substituindo até mesmo os pagamentos em dinheiro: é o que diz Marcos Cavagnoli, diretor do Itaú para open banking e gerenciamento digital de dinheiro, em entrevista ao Tecnoblog.

 
Pix (Imagem: Divulgação / Banco Central)

Pix (Imagem: Divulgação / Banco Central)

“A chegada do Pix pode impactar as receitas de TED e DOC, porém entendemos que o Pix está fomentando a bancarização da população, permitindo que mais pessoas tenham acesso a produtos e serviços bancários”, afirma Cavagnoli por e-mail. “Então, um movimento pode neutralizar o outro.”

Além disso, o Itaú está observando uma substituição gradual das transações em dinheiro graças ao Pix. Isso gera “reduções importantes de custos transacionais, como os atrelados a gestão de numerário, e traz mais segurança para a sociedade como um todo”, diz o executivo.

 

Pix substitui TED e DOC entre clientes PJ

O Pix é gratuito para pessoa física e MEI, mas pode ser cobrado de pessoas jurídicas. Nubank e Inter têm tarifa zero para esse tipo de transação; enquanto isso, bancos tradicionais como Santander, Bradesco e Itaú possuem taxas para transferência e recebimento via chave Pix ou QR Code.

Cavagnoli diz que “o valor das transações varia de acordo com o montante da operação e depende do perfil do cliente, seu segmento e relacionamento com o banco”; e nota que o Pix é mais barato que outros tipos de transações.

Segundo a tabela de tarifas do Itaú, transferências via Pix feitas por clientes PJ devem pagar taxa de 1,45%, com tarifa mínima de R$ 1,75 e máxima de R$ 9,60.

 

Mesmo com a cobrança, o Pix responde por mais de 50% das transferências do Itaú entre clientes PJ, ou seja, superou o TED e DOC em número de transações. “Vemos que esse é um recurso amplamente utilizado e acreditamos que a tendência seja só aumentar, considerando as novas funcionalidades que estão sendo programadas”, diz Cavagnoli.

Uma dessas funcionalidades é o Pix Cobrança, previsto para ser lançado pelo BC ainda este mês: com ele, as empresas poderão gerar um código QR definindo a data de vencimento, juros, multas e descontos. É algo semelhante ao boleto, mas com compensação instantânea.

O Pix chegou (Imagem: Divulgação/Banco Central)

O Pix chegou (Imagem: Divulgação/Banco Central)