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PROCURANDO FOGO NO MEIO DA FUMAÇA

Postado em: 26/06/2019

Muito está se falando em novas tecnologias para o Agro, mas o desafio está em encontrar soluções de valor para o produtor rural, e que também recompensem os empreendedores e investidores envolvidos neste processo.

Semana passada participei do Agrotech Conference da Startse. Em sua terceira edição, o evento mostrou vários casos que elucidam o momento que estamos vivendo, de muita novidade e expectativa com as novas tecnologias e novos jeitos de fazer as coisas. O Agro brasileiro com seu tamanho gigantesco e realidades tão distintas de geografia e cadeias produtivas, apresenta oportunidades e demandas as mais variadas, e tem muito a tirar proveito da digitalização.

Apesar da disponibilidade de capital estar cada vez maior, ainda temos uma barreira muito grande imposta a empreendedores e empresas em estágio inicial, e isso vem travando o desenvolvimento de soluções que poderiam estar trazendo ganhos para nossas lavouras e criações. O Agronegócio tem suas complexidades agronômicas inerentes, e os prazos de tendem a seguir uma lógica de safras, ou seja, ciclos de validação e aprimoramento são mais demorados. Isso sem falar na infraestrutura de conectividade, que avança no interior mas em baixa velocidade.

As oportunidades para Startups Agtech estão em várias frentes, antes, dentro e depois da porteira. Nas apresentações que vimos e o que tem surgido de aplicações com resultados, é de se esperar muitas soluções relevantes com o uso de inteligência artificial e biotecnologia. O impacto que novas bases de dados trazem a partir de sensores, drones, satélites, e seu processamento abrem novos horizontes.

O uso de inteligência artificial pode melhorar a maioria dos manejos e decisões do dia a dia, da gestão baseada em sensores variados, dados de máquinas e telemetria, monitoramento de pragas, análise de solo, rastreabilidade e comercialização. Já o tema Biotech pode trazer ganhos importantes de produtividade e melhor uso de recursos, numa ampla variedade de frentes, como controle biológico, inoculantes de alto desempenho, edição e diagnósticos de genomas.

Enfim, em um dia de palestras para uma plateia cheia de curiosos de várias partes do país, ficou claro que algo já está acontecendo, e muita gente ainda perdida tentando entender onde estão as oportunidades e como ficar conectado. A fumaça está no ar, tem um fogo começando a aparecer, o desafio está em desenvolver um ambiente apropriado para que possamos ter soluções relevantes, que levem resultados de valor ao campo, e que também recompensem os empreendedores e investidores envolvidos neste processo.

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