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RS é reconhecido como livre de aftosa sem vacinação

Postado em: 12/08/2020

Mudança animou o setor que vislumbra novas oportunidades
 
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou nesta terça-feira (11), a Instrução Normativa (IN) 52 que reconhece o Rio Grande do Sul como zona livre de vacinação contra a febre aftosa. A mudança passa a vigorar em 1º de setembro. A medida veio depois de o Estado cumprir os 18 requisitos previstos no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) e avaliados pelo Mapa em auditoria na semana passada.

O secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, comemorou a notícia em suas redes sociais. O novo status era reivindicação antiga do setor. “Isso possibilita que a agropecuária gaúcha acesse novos mercados através da proteína produzida em nosso estado. Com a retirada da vacina, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, destacou.

Este é o último ano com vacinação no Estado. O próximo passo é a Secretaria comunicar a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário. A expectativa é receber o certificado em maio de 2021.

O documento também reconhece como área livre de vacinação os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso, pertencentes ao grupo 1 do plano. A IN regulamenta que o ingresso de animais e produtos de risco para a febre aftosa no estado de Santa Catarina, com origem nas áreas consideradas livres de vacinação, devem observar as diretrizes definidas para origem em zona livre da doença com vacinação, até seu reconhecimento pela OIE como zonas livres de aftosa sem vacinação.

Oportunidades a vista

Com a evolução de status sanitário o Rio Grande do Sul passa a ter possibilidade de acessar novos mercados, aqueles mais exigentes em relação a aftosa. Entre eles estão Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas e Canadá. A China também pode abrir novas oportunidades já que hoje importa apenas carne sem osso. 

São 12,4 milhões de bovinos, 802,7 milhões de aves e 9,7 milhões de suínos que vão evoluir de status junto. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões anuais.

Com a retirada da vacina as medidas de proteção caso apareça um caso devem ser redobradas. “Quem ganha é o produtor mas nossa responsabilidade aumenta três vezes mais com a defesa agropecuária e isso agora é prioridade”, destaca Covatti.

Veja no vídeo a visão de criador, indústria, governo e entidades sobre as potencialidades e riscos em ser área livre sem vacinação: https://youtu.be/XW83A4sC9x4