“Vantagens do melhoramento animal passam despercebidas”

“A pecuária fornece carne, leite e ovos com rendimento cada vez maior, em grande parte graças a essa seleção genética acumulada nas últimas décadas. Por exemplo, a eficiência em frangos de corte aumentou cerca de 77% em 60 anos, e a produção de laticínios dobrou sua eficiência devido em grande parte à seleção genética. Maior eficiência também implica em maior sustentabilidade, pois reduz o uso de recursos naturais para produzir a mesma quantidade de alimento”, comenta. 

De acordo com ele, um exemplo claro é o gado leiteiro. “No início dos anos 80, o rendimento por vaca era de cerca de 3.400 litros. E na Espanha havia quase 2 milhões de vacas leiteiras. Atualmente, uma vaca selecionada produz mais de 10.000 litros de leite por lactação. O censo das vacas leiteiras caiu para quase 40%. Precisamos de menos vacas e muito mais leite é produzido”, completa. 

“Frequentemente, apenas ouvir sobre genes, genética ou seleção em aspectos relacionados à comida gera desconfiança quanto à sua qualidade ou segurança. Mas os seres humanos comeram genes muito antes de a ciência existir como tal. É importante divulgar uma mensagem de transparência sobre como é o processo de aprimoramento genético para melhorar a confiança do consumidor na segurança dos alimentos”, conclui.